quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Confeitaria em Obras de Arte

Postado em 19/02/2014 às 0:01 por Adriana Avelar em Colunistas, Direto da Cozinha  |


Há poucos meses um grande amigo esteve em Nova York e sabendo da minha grande paixão e busca por conhecimento constante me trouxe um presentinho especial, o livro Modern Art Desserts, Caitlin Freeman 2012. Um livro composto por 27 receitas e histórias de sobremesas recriadas a partir de obras de arte. As sobremesas podem ser degustadas no Blue Bottle Café, São Francisco, EUA.

Confesso que até hoje não tinha buscado maiores conhecimentos em confeitaria e doces, somente os franceses do curso do Le Cordon Bleu, mas ainda assim não me aprofundei. Ao encontrar esse livro minha visão sobre confeitaria mudou completamente. Somente com confeitaria é possível criar os pratos deste livro, são realmente incríveis.

A autora parece novinha, e por coincidência seu marido tinha um café dentro do Museu de Arte Moderna de São Francisco. Ela começou a se interessar por confeitaria quando se encantou por bolos em aulas de fotografia! E assim depois veio a inspiração para criar o Blue Bottle Café, localizado no 1o  andar do museu, ou seja, tem de pagar a entrada no museu para ter a oportunidade de degustar esse café.

A introdução do livro narra a entrada no museu, subida ao 1o  andar até a chegada a uma porta de vidro que ao se abrir encanta com o perfume de café e algum doce assando, bolos, cookies, tortas, o tempo todo tem cheirinho de “casa de vó” como diríamos no Brasil.

Eu ainda não consegui ler o livro todo, estou aos poucos pois quero ler, estudar, testar cada receita, sou metódica!

Então eu queria fazer uma sobremesa, tinha pouca coisa na geladeira e queria tentar aproveitar ao máximo as sobras. Uma delas que eu tinha era de iogurte caseiro.

Folheando o livro encontrei “yogurt parfait” que compunha a sobremesa “Matisse Parfait”. Li a lista de ingredientes, a base era toda de gemas, ovos eu tinha então vamos lá, ao parfait!!!

Matisse Parfait foi o nome dado por Caitlin Freeman ao doce inspirado na obra de Picasso e Henri Matisse chamada Allan Stein.

Imagem da internet: Allan Stein, Henri Matisse e PicassoEla conta que criou essa sobremesa no verão de 2011 em que ocorreu uma brilhante exposição chamada “The Stains Collect: Matisse, Picasso, and Prisian Avante-Garde”. Ela e sua equipe decidiram recriar a pintura de Allan Stein em um doce, o cenário rosa do fundo transformou-se em um delicioso coulis de morango, o cabelo de Allan virou raspas de chocolate, o pescoço longo encontrou-se em uma deliciosa torta perfeita com sabor de iogurte.

Caitlin relata no livro que ficou fissurada pelo casaco azul do personagem e o replicou com uma “toalha” de lã que coloca embaixo do prato na hora de serví-lo, como mostra a foto do link  é possível ver uma pequena mantinha de lã cor azul logo abaixo do prato, quase do mesmo tamanho, somente com suas bordas aparecendo (eu não pude colocar aqui a foto da sobremesa, é privada).

A calda da sobremesa original é de morangos, mas eu não os tinha em casa, tinha duas mangas maravilhosas quase perdendo e laranja. Para puxar um pouco o toque da laranja eu ainda encontrei um cointreau entre as bebidas do canto da sala.

Antes de começar a receita, uma regra sobre confeitaria: seguir exatamente os pesos, usar balança para tudo, não medir no olho NUNCA e seguir exatamente os passos da receita, se fala 5 minutos, não ache que o seu estará pronto aos 3 minutos, respeite todos os passos. Essa receita é simples só depende de seguí-la por completo.












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